Preservação e valorização da Escola do Porto Santo

Pesquisa

Curadoria

Educativo

Cultural

Comunitário

Preservação e valorização da Escola do Porto Santo

com a Porta33 e Diogo Amaro

Novembro 2019 - Junho 2021

Durante várias décadas e até 2018, a Antiga Escola Primária do Porto Santo, foi a única escola da Ilha e faz parte da identidade e memória de todas as gerações de habitantes. É exemplar na relação entre o espaço arquitetónico e o espaço de ensino, como lugar onde se ativa o encontro com a aprendizagem. Na sequência do abandono da comunidade escolar do edifício, a Câmara Municipal do Porto Santo estabeleceu um protocolo com a Associação Cultural Porta33, com o objetivo de transformar o espaço da Antiga Escola num local de residências e actividades artísticas, em proximidade com a comunidade local.

A Escola foi projectada no final da década de 1950 pelo arquiteto Raúl Chorão Ramalho e constitui um exemplo notável de modernidade e inovação tipológica da arquitetura portuguesa.

O arranque do projeto foi facilitado pela realização do primeiro seminário Redesenhar a Antiga Escola da Vila do Porto Santo — encontros com o território e a sua comunidade através da Arte, em novembro de 2019, onde se estabeleceram os primeiros laços com a comunidade e se delinearam os eixos de trabalho.

Foram definidos três eixos fundamentais e orientadores para o desenvolvimento do projeto na Escola do Porto Santo: Arquitetura, Pensamento e Artes Visuais. Em março de 2020, realizou-se a segunda parte do Seminário, altura em que integrei a equipa na implementação do Eixo da Arquitetura.

A minha integração na equipa definiu-se em duas frentes de trabalho:

— por um lado a realização do levantamento paisagístico, territorial e arquitetónico, o procedimento de proteção do património arquitetónico do edifício escolar através da Classificação do Património Edificado (primeiro imóvel classificado do Porto Santo), e a intervenção no edifício a realizar;

— por outro lado uma estreita colaboração com a Porta33 na estruturação da programação artística e social do projeto, desenvolvimento de parcerias locais e submissão da candidatura ao Fundo Europeu EEAGrants, Connecting Dots - Artistic Mobility and Audience Development, submetida em outubro de 2020.

A partir de janeiro de 2021, foi estabelecido um novo vínculo, incluindo a colaboração de Diogo Amaro, para co-monitorização da adaptação e manutenção das obras realizadas no edifício, que contou com o apoio do Governo Regional da Madeira, bem como para a co-conceção da exposição inaugural.

A intervenção arquitetónica baseou-se na pesquisa anteriormente realizada, tendo como objetivo recuperar, sempre que possível, a traça original, nomeadamente através da identificação e recuperação das cores originais e da remoção de acrescentos, numa tentativa de restituir a clareza original do edifício.

O orçamento limitado obrigou a um rigoroso exercício de hierarquização, assumindo uma intervenção por vezes anónima e invisível, mas consciente e necessária. Todos os trabalhos foram realizados com o objetivo de permitir e facilitar o restauro integral do projeto original.

A exposição inaugural Escola da Vila - Construção de um lugar comum, teve o projeto de Raúl Chorão Ramalho como objeto de análise e reflexão, exibindo os seus desenhos e escritos originais, pois considerou-se que este edifício-laboratório ou caso de estudo deveria continuar a ser fonte de inspiração e investigação para novas formas de produção arquitetónica e artística que ali se iriam potênciar.

Exposição

Organização, produção e coordenação: Porta33
Curadoria: Madalena Vidigal e Diogo Amaro
Design gráfico: Dayana Lucas
Inventário: Madalena Vidigal
Textos: Madalena Vidigal, com contributo especial de Victor Mestre e Pedro Ravara, e a partir dos testemunhos da comunidade Portosantense
Apoios: Républica Portuguesa, Cultura; DGArtes; Direção-Geral do Património Cultural; SIPA - Forte de Sacavém; Secretaria Regional de Turismo e Cultura; Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia; Vice-Presidência do Porto Santo; Câmara Municipal do Funchal; Câmara Municipal do Porto Santo; Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo, SA; Centro Cultural e de Congressos do Porto Santo; Tintas CIN; Mil Folhas Art & Design; Plano Nacional das Artes.
Apoio à produção: Região Autónoma da Madeira Governo Regional | Vice-Presidência no Porto Santo; Município do Porto Santo; Tintas CIN; Alfilux; Construções Melim & Melim
Agradecimentos dos curadores: Ana Goes Ferreira

Obra

Cliente: Câmara Municipal do Porto Santo e Porta33
Arquitectura: Madalena Vidigal (responsável) e Diogo Amaro
Coordenação de obra: Eng. António Salvador
Carpintarias: Hilário Dias
Electricidade: Nuno Robinson
Pinturas: lideradas por Paulo Garrafa
Empreiteiro: Construções Melim & Melim
Logistica: Jorge Baptista
Apoios: Região Autónoma da Madeira Governo Regional | Vice-Presidência no Porto Santo; Município do Porto Santo; Alfilux; e Tintas CIN

Imprensa

Umbigo — Uma visita à “Escola do Porto Santo: uma obra de Raúl Chorão Ramalho”
Umbigo — Escola da Vila – Construção de um espaço comum
Público — Na ilha de Porto Santo, uma antiga escola é agora um laboratório de artes e pensamento

Projecto anterior

Próximo projeto

Pesquisa

Curadoria

Educativo

Cultural

Comunitário

Preservação e valorização da Escola do Porto Santo

com a Porta33 e Diogo Amaro

Novembro 2019 - Junho 2021

A Escola foi projectada no final da década de 1950 pelo arquiteto Raúl Chorão Ramalho e constitui um exemplo notável de modernidade e inovação tipológica da arquitetura portuguesa.

A minha integração na equipa definiu-se em duas frentes de trabalho:

Exposição

Obra

Imprensa

Projecto anterior

Próximo projeto

Madalena Vidigal (1992)
Português nativo, inglês avançado (B2), italiano intermédio (B1), espanhol e francês elementar.

Educação

2010 - 2016 Mestrado em Arquitectura, Universidade do Porto (FAUP), PT
2014 - 2015 Programa ERASMUS, Academia de Arquitectura de Mendrisio, CH
2020 - 2021 Pós-graduação em Arquitectura Social e Sustentável, Escola Artística do Porto (ESAP) | Critical Concrete, PT

Estudos avançados

2024 Arquitecturas de Reparação com Paulo Tavares, curso online, BR
2023 Construção de Terra em Marrocos, com BBB e BC Architects, construção ecológica e bioclimática, Ouled Merzoug MA
2022 Da linha ao círculo, Ordem dos Arquitectos, curso online, PT
2022 Design & Build 2022 - Plant based woven architecture, Évora PT
2021 Laboratórios de Construção, com Coletivo Mel, Pietro del Esposti, Hanno Burtscher (earthman), Critical Concrete, Porto PT

Prémios e bolsas

2025 Culture Moves Europe, Apoio à Mobilidade
2022 Michelangelo Foundation, Bolsa de estudos para jovens designers
2021 Prémio de Arquitetura da Madeira e Porto Santo, Menção Honrosa
2017 Fundação Calouste Gulbenkian, Apoio a Criação Artística

Exposições

2023 “Escola do Porto Santo: uma obra de Raúl Chorão Ramalho”, co-curadoria (itinerância), Garagem Sul, Lisboa PT
2021 “Escola do Porto Santo: construção de um lugar comum”, co-curadoria, Porta 33, Madeira PT
2021 “Atlas Suzane Daveau”, co-curadoria, Biblioteca Nacional de Portugal (BNP), Lisboa PT
2018 “Rui Goes Ferreira: imagem de uma obra interrompida”, curadoria, Porta 33, Funchal PT

Publicações (seleção)

2024 Design gráfico de livro de artista “Ana Vidigal”, Lisboa, Documenta
2023 Autoria de Cadernos de Viagem n. 10, editado por André Tavares, Lisboa, Centro Cultural de Belém
2021 Co-edição de díptico “Atlas Suzanne Daveau” e “O Ambiente Geográfico Natural.”
2019 Editora assistente de “Arquivo: Diogo Seixas Lopes”, Porto, Dafne Editor
2018 Artigo “A cultura de uma paisagem insular,” TRANSLOCAL. Culturas Contemporâneas Locais e Urbanas, n. 1

Palestas, conversas e envolvimento académico (seleção)

2025 “Beyond Matter”, Radio Robida, IZBA, Topòlo, IT
2024 “Realizar a Utopia”, Universidade Lusíada, Lisboa PT
2023 “Atlas Suzanne Daveau”, conversa com João Garcia e moderação de Álvaro Domingues , Livraria do Batalha, Porto PT
2021 Moderação, Escola do Porto Santo, com Ana Tostões, Paulo David, et al., PT
2019 Conferência Anual do Mês da Arquitectura, “Habitação Colectiva: Cidade para todos”, OASRS, Funchal PT
2015 - 2017 Professora assistente, Porto Academy Summer School (Bast FR, Jun Igarashi JP, Sami PT)

Colaborações (seleção)

2017 - 2025 Colaborações das quais os seguintes projetos selecionados:

2021 - 2023 URBiNAT: Corredor Saudável de Campanhã, como membro da AGRUPA Rede Internacional, Porto PT
2018 - 2019 Jardins de Pedra, como arquitecta em BARBAS LOPES, Lisboa PT
2017 - 2018 Arquivo: Diogo Seixas Lopes, como assistente de edição e inventário na DAFNE, Porto/Lisbon PT

Madalena Vidigal (1992)
Português nativo, inglês avançado (B2), italiano intermédio (B1), espanhol e francês elementar.

Atualmente entre o Porto, Lisboa e o Funchal, trabalho em projetos de iniciativa própria e na curadoria de uma exposição comissionada pelo CCB | Centro de Arquitectura, com inauguração prevista para maio de 2026.

Enquanto arquiteta e investigadora independente, colaborei com várias instituições, associações e comunidades. Projetos de destaque incluem a revitalização da Escola da Vila do Porto Santo, distinguida com uma Menção Honrosa no Prémio de Arquitetura da Madeira (2022), e a investigação curatorial sobre o legado de Raul Chorão Ramalho, Rui Goes Ferreira e Suzanne Daveau. O meu trabalho foi publicado em revistas como Punkto, Umbigo e Koozarch.

Formada pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), com um intercâmbio na Accademia di Architettura di Mendrisio, colaborei com vários ateliers de arquitetura, enquanto aprofundei o meu envolvimento com técnicas de construção ecológica através de experiências práticas em Portugal e Marrocos.

Anteriormente, colaborei com ateliers como Barbas Lopes, Baixa Atelier e hori-zonte, e integrei a rede A-GRUPA Collaborative Urbanism Network em iniciativas de urbanismo participativo.

Acredito que a arquitetura deve atuar como uma disciplina agregadora, capaz de unir saberes multivocais e de promover uma relação harmoniosa e contínua com o mundo natural.

Anteriormente, colaborei com ateliers como Barbas Lopes, Baixa Atelier e hori-zonte, e integrei a rede A-GRUPA Collaborative Urbanism Network em iniciativas de urbanismo participativo.

Acredito que a arquitetura deve atuar como uma disciplina agregadora, capaz de unir saberes multivocais e de promover uma relação harmoniosa e contínua com o mundo natural.